Uma história


"Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção. Se não é o Senhor que vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda." Salmos 127:1

Este mês de Junho, costuma-se comemorar o dia dos namorados em nosso país. Quero aproveitar o momento para contar-lhes uma história que ocorreu do outro lado do Atlântico.

Em 1534 o Rei da Inglaterra, Henrique VIII, precisou romper com a igreja Romana e criar uma nova igreja, a igreja Anglicana, para poder se divorciar e casar com Ana Bolena. Já vão longe os dias em que decisões tão drásticas precisavam ser tomadas para romper os laços do matrimônio. Séculos depois, na mesma Inglaterra, o Príncipe Charles e a jovem Diana protagonizaram, com requinte e beleza, o casamento do Século.

O jovem casal desfilou pelas alamedas de Londres, sob os aplausos de numerosa multidão, ostentando poder, riqueza e a promessa de um casamento bem sucedido. Mas o prestígio, a riqueza e a ostentação, não foram suficientes para garantir a felicidade daquele jovem casal da Família Real Inglesa. Um divórcio doloroso ganharia as páginas dos jornais, pouco tempo depois. A vulnerabilidade daquele casamento tão pomposo e encantado de amor eterno fora exposta publicamente, E tudo terminou alguns anos mais tarde com a morte trágica daquela bela jovem que conquistou o coração dos ingleses, mas não o coração do príncipe.

Muitos são os jovens que se casam cheios de sonhos e expectativas na alma. Mas todo aquele romance, que Parecia garantir um casamento estável e feliz, transforma-se num pesadelo cheio de decepções e mágoas. Muitos estão céticos quanto à possibilidade de se construir um casamento verdadeiramente feliz, outros tem medo de assumir um compromisso formal, e buscam apenas uma relação marital sem selo do compromisso civil.

Há aqueles que não se preparam para o casamento, negligenciando o investimento que deverão realizar em favor do relacionamento conjugal. Ingressam no casamento com uma visão individual e veem o cônjuge como alguém a ser explorado e não como alguém que deseja ser compreendido e amado. Um número cada vez maior de homens e mulheres fazem entradas e saídas de casamentos sem o menor constrangimento. Casam-se para se divorciar e divorciam-se para se casar.

Sem a orientação do fundador da família, qualquer estrutura familiar, ainda que venha a iniciar-se nos palácios Reais ou no berço de sociedades tradicionais, entrará em colapso. A felicidade conjugal esta reservada para aqueles que desejam construí-las com dedicado esforço, inteligência, sabedoria e dependência de Deus; para Aqueles que estão dispostos a investir o melhor do seu tempo, dos seus sentimentos e o melhor dos seus sonhos na vida do cônjuge. Costumo dizer que casamento é como uma conta bancária, se você sacar mais do que deposita, você vai à falência.

Lembre-se das palavras de ordem de Salomão: Se você deseja construir uma família seguindo o coração de Deus, dependa dele. Minha expectativa é que através desta aventura, os casais de namorados e noivos, tenham suas mentes iluminadas pela verdade deste Salmo, seu coração tocado pelo poder do Espírito Santo e sua vida fortalecida, pela Graça de Deus!

Feliz dia dos Namorados!

PR. Renato Neves.